Escrever vai além de palavras jogadas, e envolve reflexão
O termo propósito tem sido utilizado costumeiramente no mundo corporativo a fim de definir uma série de circunstâncias que, combinadas, fazem o funcionário – poucas empresas são, de fato, voltadas a colaboradores – encontrarem seu lugar ao sol, até por que propósito varia muito de pessoa a pessoa, certo?
E o meu propósito enquanto escritor, você gostaria de saber?
Durante algum – bastante! – tempo, protelei a escrita. Protelei me sentar para deixar a imaginação fluir. Sempre me podei. Criei contos, dois deles publicados, esbocei uma história horrível e entreguei as primeiras partes para uma pessoa ler, e ela nem me retornou – pois, confesso, estava mesmo bem ruim.
Eu gostava das aulas de redação, mas me negava a aprender a teoria da língua portuguesa. Os anos foram passando, amores entraram e saíram, empregos comecei e mudei, tive filhos, e a vontade de escrever só aumentando – gerúndio propositadamente proposital.
Escrever por escrever?
No início, eu só queria escrever qualquer coisa, de forma aleatória, apenas para contar qualquer fato, externas profundas angústias. Hoje, porém, entendo o meu propósito: ajudar pessoas com base em minha própria visão de mundo, entreter, fazer alguma diferença para o próximo, ainda que seja ela decidir por uma leitura mais agradável.
É isso.
Embora nenhum dos meus livros sejam/serão de autoajuda e muito menos técnicos para ensinar algo palpável a alguém, acredito que histórias de ficção carreguem mais do que aparentemente parece. Por trás da fala de personagens há ideias e experiências de vida do cansado escritor; cada história possui viés próprio que vai muito além do que está escrito.
Sim, tudo faz parte desse meu propósito.
Quem deseja viver da escrita, óbvio, almeja ser recomendado pelos principais formadores de opinião do País. É claro como a verdadeira cor do sol que quem deseja viver da escrita anseia ganhar dinheiro e ser famoso, quem sabe ter sua história adaptada para filmes ou séries. No entanto, há escritores excepcionais sem grana, boa parte desconhecida, e que tem histórias bem melhores que best sellers. Assim acontece em outras áreas profissionais: músicos, jogadores de futebol e outros exemplos.
Mudar o mundo, ou tentar ajudar ao menos o vizinho, já é algo que muita gente fica satisfeita, como é o meu caso. O propósito vai além de ser famoso e ter dinheiro. Pode ser consequência e, para muitos, a causa principal. Para este cara aqui, reforço, o propósito é mais simples.
Se escrevo neste blog, consigo atingir parte desse propósito, e sua leitura é muito importante a mim. Qual é o seu propósito?
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