Você pode ler algumas palavras do 2º capítulo do livro aqui, mesmo
Com muito suor e trabalho, consegui publicar meu primeiro livro, o qual desencadeou diversas consequências positivas na vida. Primeiro, o fato de levar até o fim um projeto que tinha em mente há anos; segundo, por ter conseguido colocar a cabeça para girar e pensar em soluções para os personagens e suas ações; terceiro – e não menos importante –, outras ideias entraram em movimento, com novas histórias a caminho.
Tudo bem se você não gostar de Ellen e/ou do estilo literário que estou seguindo. Lógico que gostaria da aprovação total das pessoas, mas sei que, quando não há opiniões contrárias, de certa maneira não consigo evoluir – e nem seria bom para o ego, certo?
Sem mais delongas, trago mais um trecho de Ellen. Fique à vontade para falar bem ou falar mal.
Continuamos, juntos, a observar o movimento, não só de nossa mesa, mas o das mesas ao redor. O lugar parecia cheio e perto do limite da capacidade. Enquanto olhava, nossos amigos já começavam a subir no palco para cantar, acompanhados pela luz neon azul que circundava todo o teto, em que lembrava casas noturnas.
Uma máquina de fumaça inundava um cheiro doce pelo ambiente, competindo com o odor das frituras e dos cigarros de cravo.
Não fiquei em cima de Ellen o tempo todo.
A noite era dela com seus amigos, e eu me contentava em acompanhar cada um que subia no palco. Entre os maiores hits da noite, constavam clássicos do rock nacional, mas em especial, música popular brasileira. Não faltaram os sertanejos raiz, claro! Tinha gente dançando e até quem trouxesse serpentinas e confetes. Fábio teria bastante trabalho ao término do expediente.
— Vicenzo, Vicenzo, vamos lá cantar comigo? Agora é a minha vez. Vamos — berrou Ellen no meu ouvido.
— Não, não, Ellen. Obrigado. Vou ficar te vendo daqui, ok?
— Tudo bem, sei que você não gosta muito dessas coisas.
O combinado nunca sai caro. Em nossa relação, ninguém obrigava o outro a fazer o que não queria, e tudo pendia para o consentimento. Em partes.
Ellen cantava ao lado de uma de suas amigas e, em meio às estrofes, olhava para mim, dando piscadas discretas. A luz neon reluzia em seu rosto e cabelo, deixando-os azulados, em alguns momentos, até arroxeados. Seu corpo se retorcia, sua boca abrindo e fechando.
E a música cada vez mais baixa, quase inaudível. Senti minha cabeça cambaleando. Seria a bebida? A respiração passou a ficar lenta e pesada, o pensamento, disforme e sem direção. Focos de luz somente em Ellen e em mim. Cadê todo mundo?
O Lemon’s estava vazio. Garrafas tilintavam de algum lugar não identificável.
Estou torcendo para que goste desse trecho. Lógico que não explica nada em absoluto da trama, e não há como entender bulhufas da história. Porém, deu para captar algumas nuances do Vicenzo? Caso queira mais detalhes sobre a sinopse e tenha o interesse em comprar o livro para você ou para presentear, acesse a página de contato.
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