Uma noite inesquecível: lançamento de Ellen

Ser o centro das atenções, ainda que por poucas horas, pode ser bem gostoso

Luzes, câmera, ação.

Hoje, estou sem tantas ideias para iniciar este artigo. No entanto, quando penso e relembro a noite de lançamento de Ellen, essa foi a primeira frase que me veio à mente. Não sei se você já teve a oportunidade de ser centro da atenção de alguma coisa, mesmo que por segundos. Caso sua resposta seja negativa, saiba que a sensação é mais ou menos essa: de um palco ou um cenário se abrirem, câmeras serem apontadas em sua direção, figurinista e maquiadores dando os retoques finais e, por fim, começa-se a interpretação de uma peça qualquer, talvez tragédia grega. Dá frio na barriga.

Claro que não interpretei nada, a não ser minha própria pessoa – coisa que não é fácil, a depender de para quem você pergunte.

Após esse narizão de cera*, quero relembrar a você a noite de lançamento e de autógrafos de Ellen. Foi ocasião bastante especial e ocorreu na Giostri Editora e Livraria, no bairro da Bela Vista, região central da cidade, em outubro de 2023. Um sábado de clima agradável e, sendo bem honesto, não sabia o que esperar. Vesti calça jeans, camiseta preta comprada especialmente para o lançamento e um blazer. All Star não poderia faltar, claro. Deixei a barba grande e joguei meu cabelo para trás inspirado no personagem Sadik dos filmes 10 dias de um homem bom e 10 dias de um homem mau. A diferença é que ele é bonito e fica com as mocinhas do filme.

Enquanto dirigia o Madruguinha – nome do meu carro – em direção à livraria, algumas perguntas passaram pela cabeça.

  1. Vou chegar em tempo?
  2. Será que ficarei bem nas fotos?
  3. Irá muita gente?
  4. Terá comida? (não, não tinha em contrato, mas pensei mesmo assim)
  5. Ficarei nervoso?

Com base nas perguntas, tirando a quarta pergunta, dá para imaginar que “expectativas foram criadas”, certo? Sim, estava ansioso e cheguei no horário. Queria até ter fumado um cigarro. Cerca de 15 minutos após o horário marcado para o lançamento, ninguém havia aparecido.

Achei que seria fracasso de crítica e de bilheteria.

Mas estava errado, ainda bem!

Apareceram muitas pessoas queridas de verdade. A cada um(a) que entrava, meu coração pulava de alegria, não por eu me sentir o centro das atenções, mas porquê, por mais que possa soar piegas – quem me conhece pessoalmente sabe que não sou de forçar situações desse tipo –, o mais importante foi ter as pessoas ali a tal ponto de eu me sentir como se não estivesse lançando meu primeiro livro. Meio que uma reunião de amigos, sabe?

Achei que o tempo fosse demorar a passar, mas foi bem o contrário. Passou rápido e consegui autografar mais de 30 livros. Parece pouco, mas um filme e “luz, câmera e ação” passou pela cabeça: as horas dedicadas à escrita meses antes, o processo de composição prévia dos capítulos, os fatos reais que ajudaram a moldar a história, entre outros pontos.

Sim, o lançamento foi um sucesso. Para mim, e isso bastou.

* Nariz de cera é o mesmo que iniciar um texto sem informações relevantes para artigos, notícias e outros formatos de conteúdo.

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